Ultimamente não existem novidades, nem nos e-mails, tão pouco em cartas,
nem no trabalho. Estou morto. Só me restam o escuro úmido e falso sentimento.
Elas me deixam e voltam sempre, me entristecem e me alegram e eu sempre estou
só. Na cabeça, no coração, no bolso, na alma, na cidade, no distrito,
na rua, na frente da sala. Não sou mais aquele, apaguei o restante da frase. É
só aquele mesmo. Não há mais o que dizer de mim. Não consigo pagar nada que
devo, nem com moedas, nem com palavras, nem com atitudes. O que está escrito
aqui é sim a minha viagem, chapado pelo vento mais frio da noite, aquele que me
faz tossir, venha como for com ou sem cheiro, forte ou fraco, contra ou a
favor, é só ele que muda as coisas aqui dentro de casa.
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